Os milionários norte-americanos andam numa azáfama filantrópica de milhares de milhões de dólares. O sucesso dos seus negócios convence-os de que podem aplicar as fórmulas empresariais para resolver a questão social. Bill Gates e outros exibem a típica arrogância que o dinheiro concentrado e a adulação geram.
E, no entanto, parece evidente que, a existirem capitalistas milionários, é melhor tê-los filantropos. Acontece que escolher entre duas alternativas dadas não implica consentir com a estrutura que gerou escolhas tão limitadas.
O conhecido filantrocapitalista Warren Buffett afirmou, com realismo, que a luta de classes existe e que a sua classe a tinha ganho: num contexto de estagnação dos rendimentos das classes trabalhadoras, a percentagem de rendimentos captada pelos 1% mais ricos passou, nos EUA, de 8,95% do total, em 1978, para 20,95%, em 2008 (semelhante a 1929).
Um dos efeitos do filantrocapitalismo é o de legitimar as modificações estruturais, da desregulamentação ao enfraquecimento deliberado dos sindicatos, que geraram estas desigualdades económicas, uma das principais causas, segundo inúmeros estudos empíricos, dos problemas sociais: por exemplo, em 20 anos, os EUA passaram do 11.º para o 42.º lugar no ranking da esperança de vida.
Fonte: i (João Rodrigues)
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E, no entanto, parece evidente que, a existirem capitalistas milionários, é melhor tê-los filantropos. Acontece que escolher entre duas alternativas dadas não implica consentir com a estrutura que gerou escolhas tão limitadas.
O conhecido filantrocapitalista Warren Buffett afirmou, com realismo, que a luta de classes existe e que a sua classe a tinha ganho: num contexto de estagnação dos rendimentos das classes trabalhadoras, a percentagem de rendimentos captada pelos 1% mais ricos passou, nos EUA, de 8,95% do total, em 1978, para 20,95%, em 2008 (semelhante a 1929).
Um dos efeitos do filantrocapitalismo é o de legitimar as modificações estruturais, da desregulamentação ao enfraquecimento deliberado dos sindicatos, que geraram estas desigualdades económicas, uma das principais causas, segundo inúmeros estudos empíricos, dos problemas sociais: por exemplo, em 20 anos, os EUA passaram do 11.º para o 42.º lugar no ranking da esperança de vida.
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