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Bolsa Social

Não podia deixar de colocar alguma informação sobre esta grande notícia - uma nova forma de angariar dinheiro. Muito inovadora!

Depois do Brasil, Portugal é o segundo destino da Bolsa de Valores Sociais. A ideia foi criada por Celso Grecco e permite comprar acções de organizações de cariz social, acompanhando depois a aplicação desse investimento.


A iniciativa foi apresentada ontem (02.11.2009) no Museu da Electricidade e conta com os apoios da Euronext Lisbon, Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação EDP. O objectivo é facilitar o financiamento das instituições de solidariedade, ao mesmo tempo que se promove a profissionalização da gestão e a transparência. "Esta é uma plataforma de convergência entre quem dá e quem recebe", afirmou Isabel Mota, administradora da Gulbenkian. "Em Portugal há vontade para ajudar, mas precisamos de novas soluções." A bolsa procurará instituições e projectos que ataquem as causas dos problemas sociais e não os efeitos, recusando associações que recorram ao assistencialismo.

A partir da meia-noite de hoje, no site http://www.bvs.org.pt,/ já pode escolher investir um mínimo de dez euros em quatro organizações na área da luta contra a pobreza e exclusão social. Os projectos são muito diferentes: desde a luta contra a toxicodependência até ao apoio à Associação Portuguesa de Portadores de Trissomia 21. O total do valor investido chegará sempre ao projecto escolhido. Com o lema "As boas acções estão sempre em alta", a Bolsa de Valores Sociais estará aberta a candidaturas de outras instituições, desde que os projectos correspondam aos critérios de selecção.

A primeira Bolsa de Valores Sociais foi criada em 2003, em São Paulo. Através dela já passaram quatro milhões de euros, que financiaram cerca de 100 projectos.

Celso Grecco é o mentor da Bolsa de Valores Sociais portuguesa. Em 2003 fundou a primeira do mundo – em São Paulo.

Como é que esta bolsa replica o funcionamento dos mercados financeiros?
Uma bolsa junta uma empresa que quer ter ganhos e se compromete com objectivos e transparência, com um investidor interessado. Aqui aplica-se o mesmo princípio, mas em vez de lucro financeiro há lucro social.

Como são seleccionadas as organizações presentes na bolsa?
Têm de ser projectos inovadores e não assistencialistas. Devem dar uma resposta concreta e interromper um ciclo. Actuar nas causas e não nos efeitos.

Como está a correr a experiência em São Paulo?
A Bolsa de Valores Sociais de São Paulo já firmou um ambiente de credibilização. Mas a portuguesa vai ser ainda melhor: mais abrangente e com tecnologia mais avançada.

Qual a importância deste cruzamento de bolsa com solidariedade social?
Costumo dizer que “não se traçam novas rotas em cima de velhos mapas”. Aqui não se trata de uma nova rota: é um novo mapa no tecido social.

No jornal i

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