Longe vão os tempos em que para ajudar tínhamos que reservar algum do nosso tempo e dinheiro. As instituições de solidariedade estão a criar mecanismos fáceis de ajuda.
Atitudes que apenas temos que associar a acções praticadas no nosso quotidiano. As campanhas usam expressões como não custa nada, é fácil e é simples. E é verdade.
Para ajudar, hoje em dia, é só querer. «A ideia foi da Sociedade Ponto Verde (SPV) e nós aceitámos logo», diz Lynne Archibald, presidente e fundadora da associação Laço. A SPV é uma instituição privada, sem fins lucrativos, que pretende sensibilizar e educar os portugueses a nível ambiental.
A Laço é amaior associação de voluntariado na luta contra o cancro da mama. O processo é simples: colocar as embalagens (metal, plástico, papel/cartão e vidro) nos devidos ecopontos. Cada tonelada reciclada vale 1,5 euros para a prevenção do cancro da mama. O objectivo: adquirir duas unidades de rastreio móvel.
2 CAUSAS POR 1 CAUSA
«Cerca de 90 mil mulheres escapam anualmente ao rastreio. Se atingirmos os nossos objectivos estaremos a fazer com que mais 20 mil mulheres passem a fazê-lo», explica Luís Martins, director-geral da SPV. Estas duas entidades associaram-se 22 sistemas municipais de todo o país para a campanha 2 causas por 1 causa.
«Quando vi o slogan percebi que juntos poderíamos ter mais força. As três entidades têm missões difíceis. Não queremos só ‘vender’ conceitos, queremos mudar comportamentos», diz a fundadora da associação Laço. A junção da reciclagem à luta pelo rastreio precoce do cancro da mama pareceu-lhes oportuna, pois «as mulheres são as mais preocupadas com as questões ambientais e as directamente visadas nestes casos», defende o director geral da SPV.
Segundo dados fornecidos pela Laço, quatro meses após o inicio desta campanha,já tinham sido conseguidas 115 das 260 mil toneladas que necessitam para cumprir mais esta missão.
ACÇÕES EM CADEIA
A Assistência Médica Internacional (AMI) não pára de criar mecanismos de ajuda simples. Em acções como o pagamento anual dos impostos ou a reciclagem dos óleos alimentares utilizados, podemos ajudar esta organização privada, apolítica e sem fins lucrativos na realização das suas inúmeras intervenções em situações de crise e emergência.
«É facílimo para qualquer pessoa, não tem inconvenientes e, ainda por cima, é algo que as pessoas têm que fazer», explica Manuel Lucas, director financeiro da organização, em Portugal. Escrever o número 502 744 910 na declaração de impostos, ajuda a AMI com 0,5 por cento do impostojá liquidado. «A ideia partiu do Governo, em 2002, e serve para ajudar os centros porta amiga. O problema é que pouca gente sabe desta hipótese», diz Manuel Lucas.
Mais recentemente, e focada nas questões ambientais, a AMI desenvolveu a iniciativa Óleos alimentares usados. Entrou em acordo com restaurantes de todo o país (listagem no sítio oficial), onde podem ser depositados os óleos alimentares domésticos utilizados e cujos lucros da sua reciclagem vão reverter a favor da organização e do ambiente.
«Os óleos são das coisas mais difíceis de tratar nas ETAR, por isso juntamo-nos e desenvolvemos uma acção de benefício mútuo», explica Manuel Lucas. «Estamos à espera que esta iniciativa seja um sucesso», conclui.
JÁ É BEM DIVERSO O LEQUE DE OPÇÕES
Até nas multas podemos ser solidários
Entidades como a SPV, a Laço ou a AMI estão sempre a inovar na criação de parcerias e formas simples para que possam ser ajudadas. Existem possibilidades mais escondidas. É o caso das multas rodoviárias, em que uma percentagem da coima pode ser doada a uma instituição à escolha. O destino dos montantes cobrados está legalmente estabelecido no Decreto-Lei nº 369/99, de 18 de Setembro, conforme informação que a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária nos fez chegar através do seu Núcleo de Apoio à Gestão e Operação.
Ao utilizarmos um programa de conversação instantânea podemos também estar a ajudar. A Microsoft juntou-se à ninemillion.org, uma entidade que se dedica a apoiar jovens refugiados. Num comunicado enviado pela sede da Microsoft em Portugal, foi explicado ao SEXTA que «todos os utilizadores das novas versões do Windows Live Messenger podem ajudar». É simples. Implica um registo inicial no sítio oficial e cada conversação iniciada ou correio electrónico enviado vai valer um determinado valor que a Microsoft doará à instituição de solidariedade por nós escolhida.
SEXTA, Inês Caridade
geral@sexta.pt
Atitudes que apenas temos que associar a acções praticadas no nosso quotidiano. As campanhas usam expressões como não custa nada, é fácil e é simples. E é verdade.
Para ajudar, hoje em dia, é só querer. «A ideia foi da Sociedade Ponto Verde (SPV) e nós aceitámos logo», diz Lynne Archibald, presidente e fundadora da associação Laço. A SPV é uma instituição privada, sem fins lucrativos, que pretende sensibilizar e educar os portugueses a nível ambiental.
A Laço é amaior associação de voluntariado na luta contra o cancro da mama. O processo é simples: colocar as embalagens (metal, plástico, papel/cartão e vidro) nos devidos ecopontos. Cada tonelada reciclada vale 1,5 euros para a prevenção do cancro da mama. O objectivo: adquirir duas unidades de rastreio móvel.
2 CAUSAS POR 1 CAUSA
«Cerca de 90 mil mulheres escapam anualmente ao rastreio. Se atingirmos os nossos objectivos estaremos a fazer com que mais 20 mil mulheres passem a fazê-lo», explica Luís Martins, director-geral da SPV. Estas duas entidades associaram-se 22 sistemas municipais de todo o país para a campanha 2 causas por 1 causa.
«Quando vi o slogan percebi que juntos poderíamos ter mais força. As três entidades têm missões difíceis. Não queremos só ‘vender’ conceitos, queremos mudar comportamentos», diz a fundadora da associação Laço. A junção da reciclagem à luta pelo rastreio precoce do cancro da mama pareceu-lhes oportuna, pois «as mulheres são as mais preocupadas com as questões ambientais e as directamente visadas nestes casos», defende o director geral da SPV.
Segundo dados fornecidos pela Laço, quatro meses após o inicio desta campanha,já tinham sido conseguidas 115 das 260 mil toneladas que necessitam para cumprir mais esta missão.
ACÇÕES EM CADEIA
A Assistência Médica Internacional (AMI) não pára de criar mecanismos de ajuda simples. Em acções como o pagamento anual dos impostos ou a reciclagem dos óleos alimentares utilizados, podemos ajudar esta organização privada, apolítica e sem fins lucrativos na realização das suas inúmeras intervenções em situações de crise e emergência.
«É facílimo para qualquer pessoa, não tem inconvenientes e, ainda por cima, é algo que as pessoas têm que fazer», explica Manuel Lucas, director financeiro da organização, em Portugal. Escrever o número 502 744 910 na declaração de impostos, ajuda a AMI com 0,5 por cento do impostojá liquidado. «A ideia partiu do Governo, em 2002, e serve para ajudar os centros porta amiga. O problema é que pouca gente sabe desta hipótese», diz Manuel Lucas.
Mais recentemente, e focada nas questões ambientais, a AMI desenvolveu a iniciativa Óleos alimentares usados. Entrou em acordo com restaurantes de todo o país (listagem no sítio oficial), onde podem ser depositados os óleos alimentares domésticos utilizados e cujos lucros da sua reciclagem vão reverter a favor da organização e do ambiente.
«Os óleos são das coisas mais difíceis de tratar nas ETAR, por isso juntamo-nos e desenvolvemos uma acção de benefício mútuo», explica Manuel Lucas. «Estamos à espera que esta iniciativa seja um sucesso», conclui.
JÁ É BEM DIVERSO O LEQUE DE OPÇÕES
Até nas multas podemos ser solidários
Entidades como a SPV, a Laço ou a AMI estão sempre a inovar na criação de parcerias e formas simples para que possam ser ajudadas. Existem possibilidades mais escondidas. É o caso das multas rodoviárias, em que uma percentagem da coima pode ser doada a uma instituição à escolha. O destino dos montantes cobrados está legalmente estabelecido no Decreto-Lei nº 369/99, de 18 de Setembro, conforme informação que a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária nos fez chegar através do seu Núcleo de Apoio à Gestão e Operação.
Ao utilizarmos um programa de conversação instantânea podemos também estar a ajudar. A Microsoft juntou-se à ninemillion.org, uma entidade que se dedica a apoiar jovens refugiados. Num comunicado enviado pela sede da Microsoft em Portugal, foi explicado ao SEXTA que «todos os utilizadores das novas versões do Windows Live Messenger podem ajudar». É simples. Implica um registo inicial no sítio oficial e cada conversação iniciada ou correio electrónico enviado vai valer um determinado valor que a Microsoft doará à instituição de solidariedade por nós escolhida.
SEXTA, Inês Caridade
geral@sexta.pt
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