Comentários esclarecedóres a propósito da acção humanitária da AMI e as respectivas campanhas de emergências...
23.05.2008 - 23h24 - Luis, Almada
“As mulheres e homens da AMI são a reserva ética e humanista de Portugal.”??? Esta afirmação é um perfeito disparate, 1º porque felizmente que o nosso povo tem bom coração e é sempre generoso quando é preciso ajudar outros seres humanos próximos ou em lugares remotos. Basta que nos lembremos como “puxaram” por Timor nem à nove anos ou por Moçambique quando das inundações. Esses de que fala são as estrelas profissionais mediáticas ao serviço do MNE para Inglês (e Português) ver. Séculos atrás os reis mandavam padres nas caravelas, agora o MNE manda os da AMI por avião, com os media a tiracolo. E ficamos todos com a consciência bem mais descansada e com o ego afagado e os media acabam por ter mais uma desculpa para continuarem a dar apenas um lado da história. O nosso lado, o dos "bons" e a silenciarem (ou bem pior, a deturparem) o lado dos que sofreram. Claro que há excepções. Quando do Tsunami na Tailândia lembro-me que fizeram reportagens quilométricas de cerimónias com a família real em homenagem às vítimas. Mais um azar para os de Myanmar, que são uma República.
23.05.2008 - 22h52 - Rafael Reis - Jornalista, Portugal
Mais uma vez é louvável a prontidão da resposta da AMI. Desde há mais de 20 anos, com a primeira missão na Guiné Bissau, passando pelo Iraque, o pesadelo do Ruanda ao apoio às vítimas do Tsunami, são incontáveis os milhares de seres humanos em sofrimento que mobilizam a solidariedade destes nómadas da fraternidade desinteressada. Pondo em risco a própria vida. E também não esquecem os pobres e sem-abrigo que aumentam no nosso País. As mulheres e homens da AMI são a reserva ética e humanista de Portugal.
23.05.2008 - 22h38 - Luis, Almada
Infelizmente, desde a moda “humanitária” das secas em África, com imagens shock de bébés em pele e osso e barrigas enormes há quem transforme as catástrofes em instrumentos políticos. Dum lado há as vítimas que transformam em veículos emocionais para sensibilizar a opinião pública à mudança programada por outras potências interessadas (a diversas ingerências e daí a recusa da Índia quando do tsunami, dizendo que era demasiada pobre para se dar ao luxo de aceitar a “ajuda” e os “ajudantes”) e do outro lado, há os interesses político-económicos desde à muito a trabalharem, haja ou não haja catástrofe humanitária. Assim as catástrofes humanitárias que matam milhares de pessoas podem transformar-se em agentes catalizadores... dessas “mudanças oportunas”. No caso de Myanmar daria certamente muito jeito e bastante prazer ao Pentagono algumas bases militares na fronteira com a China...
23.05.2008 - 22h10 - Francisco Fernando, Caldas da Rainha
Já de há muito que me preocupa o comportamento de algumas ONG's. Fazem-me lembrar os urubus que passam a vida à espera da desgraça alheia para se alimentarem. Ou, se possível, engordarem. Oxalá esteja enganado mas temo bem que algumas delas andem implorar aos deuses que lhes arrangem uma ou duas catástrofes de vez em quando. Dizem as más linguas que entre o que recebem e o que se distribuem há, invariavelmente, um desacerto de contas.
23.05.2008 - 20h38 - Luis, Almada
"mas a AMI sublinha que, para angariar os cerca de 100 mil euros com que vai contribuir para ajudar o povo birmanês, irá lançar em breve uma campanha de emergência." Isto é subtraído as despesas de viagem e alojamento, restará muito pouco para as vítimas. Mas entretanto, com a campanha - que nem sequer ainda lançaram! - não ficará a AMI a ganhar apenas em protagonismo, certamente que as contas também ganharão. É assim a indústriazinha da caridadezinha ocidental, mediática e algo pornográficamente oportunista. Enfim, uma vergonha!
23.05.2008 - 23h24 - Luis, Almada
“As mulheres e homens da AMI são a reserva ética e humanista de Portugal.”??? Esta afirmação é um perfeito disparate, 1º porque felizmente que o nosso povo tem bom coração e é sempre generoso quando é preciso ajudar outros seres humanos próximos ou em lugares remotos. Basta que nos lembremos como “puxaram” por Timor nem à nove anos ou por Moçambique quando das inundações. Esses de que fala são as estrelas profissionais mediáticas ao serviço do MNE para Inglês (e Português) ver. Séculos atrás os reis mandavam padres nas caravelas, agora o MNE manda os da AMI por avião, com os media a tiracolo. E ficamos todos com a consciência bem mais descansada e com o ego afagado e os media acabam por ter mais uma desculpa para continuarem a dar apenas um lado da história. O nosso lado, o dos "bons" e a silenciarem (ou bem pior, a deturparem) o lado dos que sofreram. Claro que há excepções. Quando do Tsunami na Tailândia lembro-me que fizeram reportagens quilométricas de cerimónias com a família real em homenagem às vítimas. Mais um azar para os de Myanmar, que são uma República.
23.05.2008 - 22h52 - Rafael Reis - Jornalista, Portugal
Mais uma vez é louvável a prontidão da resposta da AMI. Desde há mais de 20 anos, com a primeira missão na Guiné Bissau, passando pelo Iraque, o pesadelo do Ruanda ao apoio às vítimas do Tsunami, são incontáveis os milhares de seres humanos em sofrimento que mobilizam a solidariedade destes nómadas da fraternidade desinteressada. Pondo em risco a própria vida. E também não esquecem os pobres e sem-abrigo que aumentam no nosso País. As mulheres e homens da AMI são a reserva ética e humanista de Portugal.
23.05.2008 - 22h38 - Luis, Almada
Infelizmente, desde a moda “humanitária” das secas em África, com imagens shock de bébés em pele e osso e barrigas enormes há quem transforme as catástrofes em instrumentos políticos. Dum lado há as vítimas que transformam em veículos emocionais para sensibilizar a opinião pública à mudança programada por outras potências interessadas (a diversas ingerências e daí a recusa da Índia quando do tsunami, dizendo que era demasiada pobre para se dar ao luxo de aceitar a “ajuda” e os “ajudantes”) e do outro lado, há os interesses político-económicos desde à muito a trabalharem, haja ou não haja catástrofe humanitária. Assim as catástrofes humanitárias que matam milhares de pessoas podem transformar-se em agentes catalizadores... dessas “mudanças oportunas”. No caso de Myanmar daria certamente muito jeito e bastante prazer ao Pentagono algumas bases militares na fronteira com a China...
23.05.2008 - 22h10 - Francisco Fernando, Caldas da Rainha
Já de há muito que me preocupa o comportamento de algumas ONG's. Fazem-me lembrar os urubus que passam a vida à espera da desgraça alheia para se alimentarem. Ou, se possível, engordarem. Oxalá esteja enganado mas temo bem que algumas delas andem implorar aos deuses que lhes arrangem uma ou duas catástrofes de vez em quando. Dizem as más linguas que entre o que recebem e o que se distribuem há, invariavelmente, um desacerto de contas.
23.05.2008 - 20h38 - Luis, Almada
"mas a AMI sublinha que, para angariar os cerca de 100 mil euros com que vai contribuir para ajudar o povo birmanês, irá lançar em breve uma campanha de emergência." Isto é subtraído as despesas de viagem e alojamento, restará muito pouco para as vítimas. Mas entretanto, com a campanha - que nem sequer ainda lançaram! - não ficará a AMI a ganhar apenas em protagonismo, certamente que as contas também ganharão. É assim a indústriazinha da caridadezinha ocidental, mediática e algo pornográficamente oportunista. Enfim, uma vergonha!
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