Há qualquer coisa que não está bem. Segundo o Jornal de Notícias, "apenas dois em cada dez euros em vendas de produtos e cartões de Natal com a marca Unicef em Portugal destinam-se à causa humanitária"
Em causa está a decisão da organização das Nações Unidas de entregar a comercialização destes bens à gráfica espanhola Forletter a troco de "royaltys". A Unicef fica com 18 a 20% do total das vendas.
Celebrado em março do ano passado, o acordo abrange a venda realizada em balcões CTT, lojas FNAC, telemarketing ou no website produtosunicef.pt, onde no ato da compra não há qualquer informação sobre a percentagem que vai de facto para a causa humanitária. O modelo de negócio é apenas visível no separador "Política de privacidade", onde também não é referida a percentagem.
Fonte: JNEstamos perante um debate antigo e um dilema, ao mesmo tempo. Como podemos encontrar um equilíbrio entre aquilo que deve ser gasto nos projectos e aquilo que deve ser investido na estrutura da organização para que esta possa continuar a ter um bom desempenho? Que dizem as boas práticas? Qual o montante ou a percentagem do valor angariado que pode ser destinado aos gastos administrativos e de fundraising sem prejudicar a missão da organização nem defraudar a confiança dos doadores? Menos de 30% é aceitável? Entre 15 e 20% é viável? Qual é o valor desejável?
Aceitam-se contributos!
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